A tristeza profunda é um dos sintomas mais conhecidos de depressão, mas não é o único. Em todo estado depressivo há a presença de tristeza, mas nem sempre esse sentimento é depressão. Logo, é preciso distinguir as duas coisas para evitar confusões no diagnóstico.
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) os casos de depressão aumentaram 18% nos últimos anos e estima-se que, até 2020, esse problema se tornará a doença mais incapacitante do mundo.
Atualmente, a depressão é uma condição que afeta cerca de 300 milhões de pessoas. No Brasil, o número de indivíduos deprimidos ultrapassa 11 milhões.
Quer saber como diferenciar uma simples tristeza de depressão? Leia este artigo e aprenda a distinguir os problemas. Confira!
O que é tristeza não patológica?
A tristeza é um estado afetivo caracterizado pela ausência de alegria, no qual costuma haver desânimo, melancolia, sentimento de decepção ou frustração.
Geralmente, tem como motivo a ocorrência de fatos entristecedores, como a perda de alguém querido, um problema financeiro, questões emocionais, dificuldades no trabalho.
Entenda que, todas as pessoas estão sujeitas a passarem por momentos tristes, ou seja, tristeza não patológica, mas isso não se configura necessariamente como depressão.
O que é depressão?
A depressão é um distúrbio afetivo grave, resultante de desordens químicas que provocam alterações nos pensamentos, sentimentos e atitudes. Ela é capaz de mudar a forma como o indivíduo percebe e se relaciona com o mundo e com as outras pessoas.
Na depressão, há o desequilíbrio químico dos neurotransmissores, substâncias responsáveis por transportar informações por meio da rede de neurônios do cérebro.
Vale destacar que os neurotransmissores têm relação com sensações, como bem-estar, prazer, disposição, otimismo felicidade e tranquilidade.
Quais são os sintomas de depressão que vão além da tristeza?
A depressão é uma condição que afeta neurotransmissores, como dopamina, serotonina, melatonina e noradrenalina, ou seja, hormônios que interferem diretamente nos sentimentos, provocando efeitos negativos, como tristeza, falta de motivação, desânimo, problemas de concentração, pessimismo e insegurança.
O desequilíbrio químico pode impactar várias outras funções do organismo, incluindo problemas digestivos, dor de cabeça, distúrbios do sono, tensão na nuca, fadiga, imunidade baixa, diminuição ou aumento de peso.
Afinal, como diferenciar a tristeza da depressão?
Em linhas gerais, a tristeza é um estado sentimental momentâneo e natural, que ajuda o indivíduo na elaboração das perdas e superação de sofrimentos ocasionais. Atravessar uma fase difícil, marcada pela angústia e melancolia é algo aceitável, pois a tristeza vai se atenuando e, aos poucos, a vida volta ao normal.
Por outro lado, se a tristeza é profunda e persistente, surgem manifestações de desesperança, indiferença, apatia, falta de prazer, desinteresse pela vida, perda de perspectivas, alterações significativas no sono e no apetite. Nesses casos, há fortes indícios de depressão.
Portanto, o ideal é buscar auxílio psiquiátrico para investigar o quadro mais a fundo, fechar o diagnóstico e iniciar o tratamento, a fim de controlar os sintomas e diminuir o sofrimento do paciente.
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